Janela particular.

Um dos objetos que mais tenho afeição é pela janela, seja a janela do carro, a do alto do shopping, mas que ela mostre alguma coisa. E talvez por isso eu queira morar em apartamento.
Desde criancinha sempre gostei de me sentir protegida da chuva atrás da janela, ou ficar com o rosto encostado nela quando o carro ia para o lava jato. Que sensação de poder! Rsrsrs.
Olhar a paisagem, a cidade, a noite iluminada, prazer. Acordar e olhar para ver se já chegamos de viagem. Sempre me irritar com a janela aberta do ônibus, fazer a mesma de espelho. Quem nunca?
Lá de cima, ela não é um mirante, um penhasco. Ela é um convite para outras realidades, é a moça da previsão do tempo: Talvez eu leve um casaco ou Bora! Que hoje vai dar praia! Ela permite o Sol da manhã entrar, o barulho das buzinas se intensificarem e diminuírem com o passar do dia. O Sol se põe, a Lua aparece, a luz do quarto de alguém ascende, as pessoas se arrumam para o dia seguinte, arrumam briga, amor, sexo e dormem. Ela nos dá o movimento do mundo, das idades, das idas e vindas.
De tantas mostras que ela nos dá, sempre gostei dos morros à noite em lugares com pouca iluminação pública, sentia vontade de sair voando pela janela e ir até o alto, acho que lá é a janela do céu, uma conexão com Deus.


Fonte da imagem: Google.



Amor, Fernanda.




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